O governador da Bahia, Rui Costa (PT), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), anunciaram na tarde de hoje o pagamento de um auxílio de R$ 500 a pacientes com coronavírus que aceitarem ficar em quarentena em abrigos públicos da capital pelo período de 14 dias. O benefício será assegurado conjuntamente por estado e prefeitura e será limitado a mil pessoas.
Segundo os dois gestores, o objetivo é evitar que os pacientes infectados possam contaminar pessoas próximas, como familiares e vizinhos, e, assim, frear a disseminação de novos casos de covid-19, que nos últimos dias têm registrado avanço expressivo.
"O que nos preocupa bastante é que temos hoje, na Bahia, 3 mil pessoas com o vírus ativo. O que nós chamamos de vírus ativo? São aquelas pessoas que não estão curadas ainda, ou seja, têm menos de 14 dias em geral de contaminação. Essas pessoas têm o potencial de transmitir para outras essa doença. Se nós conseguíssemos ter a garantia de que essas pessoas não estão contaminando outras, nós conseguiremos reduzir significativamente a curva", disse Rui Costa em entrevista coletiva por meio de uma rede social.
Além do auxílio de R$ 500, o paciente que se habilitar a ir para as unidades de acolhimento também terá direito a uma cesta básica. O benefício será pago em duas etapas: R$ 250 no sétimo dia de quarentena e outros R$ 250 no 14º dia do período de isolamento.
Não será necessário fazer qualquer tipo de cadastramento prévio, já que a adesão é voluntária e poderá ser feita no momento em que o paciente receber o diagnóstico da doença.
Ao todo, a Bahia contabiliza 4.528 casos do novo coronavírus e 165 mortes. Salvador, por sua vez, tem 2.877 casos e 101 óbitos.
Intensificação das medidas de isolamento
Na entrevista coletiva, o prefeito ACM Neto informou que, a partir de sábado (9), a gestão municipal bloqueará acessos e ruas para garantir o cumprimento de medidas restritivas em ao menos quatro regiões em que aumentaram os casos de covid-19 e houve registro de aglomerações. São elas: as avenidas Sete de Setembro e Joana Angélica e os bairros da Boca do Rio e Plataforma, onde a circulação de veículos saltou, em média, de 50% para 85% entre abril e maio.
A restrição, com validade inicial de sete dias, acontecerá das 7h às 19h. Ficarão proibidas ainda todas as atividades comerciais formais e informais, à exceção de supermercados, farmácias, bancos e agências lotéricas. Moradores que apresentarem comprovante de residência, trabalhadores de serviços essenciais e veículos do transporte coletivo e de delivery poderão circular normalmente.
O chefe do Executivo soteropolitano esclareceu que não se trata de "lockdown parcial", uma vez que, por ora, não haverá proibição de circulação da população, mas sim de veículos não autorizados, bem como a suspensão de atividades comerciais não essenciais.
Nesses locais, a prefeitura também iniciará a distribuição em massa de máscaras e disponibilizará equipes fixas para realizar testagem rápida para identificar possíveis casos de coronavírus.
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